quinta-feira, 27 de março de 2014

FEDERALIZAÇÃO: Ideia do Rotary em prol do aeroporto de Rondonopolis avança

Reunião na sede do Rotary Club Rondonópolis discutiu a federalização do aeroporto municipal
Reunião na sede do Rotary Club Rondonópolis discutiu a federalização do aeroporto municipal
A ideia nascida no Rotary Club Rondonópolis de promover a federalização do aeroporto municipal, transferindo-o à Infraero (que faz a gestão de importantes aeroportos no Brasil), vem avançando cada vez mais. Em reunião realizada na noite desta terça-feira (25/03), na sede do clube, na Vila Birigui, as partes envolvidas mostraram a viabilidade da proposta, sendo favoráveis à gestão da Infraero sobre o aeroporto municipal. O Rotary Club Rondonópolis criou o Comitê Pró-Aeroporto para discutir melhorias em prol do aeroporto local.
Nessa reunião, o membro do Comitê Pró-Aeroporto, o advogado Alencar Libano de Paula, lembrou sua experiência na administração do aeroporto municipal, na época do ex-prefeito Zé Carlos do Pátio, e relatou as dificuldades do poder público municipal em manter o espaço. Diante dos problemas do sítio aeroportuário, acabou sugerindo no clube a federalização do espaço, pois a Infraero é quem detém experiência na administração de aeroportos no Brasil. Para sua surpresa, agora disse se sentir satisfeito em meio ao avanço da proposta e em poder estar contribuindo com a cidade, com uma sinalização positiva da equipe técnica da Infraero.
O assessor do diretor de Planejamento da Infraero/Brasília, Ivan de Oliveira Souto, externou que a visita técnica no aeroporto constatou pontos favoráveis e desfavoráveis. Ele informou que, entre os aeroportos regionais visitados até agora, Rondonópolis é um dois mais estruturados. Mesmo com os problemas a serem resolvidos, externou que vislumbra a possibilidade de Rondonópolis ter um aeroporto alternativo aos de Cuiabá e Campo Grande (MS). A equipe da Infraero fez uma avaliação positiva da possibilidade de assumir a gestão do aeroporto, mas destacou que a decisão é política e depende da Secretaria de Aviação Civil (SAC).
O ex-presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Miguel Weber, repassou uma posição em defesa dos interesses da cidade. “É um dever nosso contribuir com o processo de desenvolvimento de Rondonópolis”, afirmou ele, relatando os diversos problemas de infraestrutura vividos pelo município. Uma dessas dificuldades, segundo ele, é a deficiência de voos no aeroporto local, apesar da grande força política de Rondonópolis. Em oposição, destacou que a cidade de Sinop (MT) tem cerca de 10 voos diários. Reforçou que, para Rondonópolis receber grandes eventos como a Agrishow, a situação do aeroporto também precisa ser resolvida. Nesse sentido, externou o apoio do Sindicato Rural à causa.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), Luiz Fernando Homem de Carvalho, o Luizão, também se mostrou favorável a gestão do aeroporto pela Infraero. “A nossa intenção sempre será buscar melhorias para nossa cidade”, garantiu. Diante das dificuldades, disse ficar satisfeito em ver o Governo Federal sensibilizado em resolver a situação dos aeroportos do interior. Ele ficou de passar um relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a equipe da Infraero, no qual consta as principais nã-conformidades do aeroporto local. Afirmou ainda que está ansioso para que a Infraero assuma o aeroporto municipal o mais rápido possível.
O prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, apesar de afirmar que não será empecilho em repassar a administração do aeroporto local para a Infraero, argumentou que não podem ser criadas falsas expectativas em relação ao processo. Nisso, afirmou que o problema principal do aeroporto local é a falta de voos e que, para isso, é necessário que haja o interesse econômico das companhias em operar na cidade. “Nosso problema é voo, mas a federalização não significa que vai resolvê-lo”, pontuou. “Perdemos os voos por causa da Copa do Mundo”, acrescentou.
Inclusive, Percival garantiu que, enquanto não passar a Copa do Mundo, a dificuldade de atrair voos para a cidade será grande, uma vez que as empresas do setor estão focadas em atender as capitais e cidades-sedes do Mundial. Sobre a gestão do aeroporto pela Infraero, justificou que a Prefeitura não tem lucro com o espaço e também não dispõe da experiência necessária. “A Prefeitura não tem interesse nenhum de manter a gestão do aeroporto”, afirmou, dizendo que a transferência da administração será boa para o Município. Além disso, externou a vontade de dotar Rondonópolis de um aeroporto de cargas.
O presidente do Rotary Club Rondonópolis, Vladimir Calil Faissal, explicou que essa reunião para discutir a transferência do aeroporto para a Infraero surgiu diante da crítica situação do espaço, com a suspensão dos voos. Ele contou que tem 28 anos de Rondonópolis, cidade onde criou os filhos. Além de garantir mais voos, reforçou que é preciso que os mesmos tenham condições de operar com segurança – o que não ocorre agora com a falta de equipamentos de auxílio de aproximação das aeronaves quando em condições climáticas adversas. O presidente entende que o prefeito fará um bom negócio repassando o aeroporto à Infraero.
Apesar da ideia acertada do Rotary Club Rondonópolis, a reunião não contou com o apoio devido de outras entidades e clubes de serviços, como outras unidades de Rotary, clubes de Lions, lojas de Maçonaria e demais entidades, os quais ficaram em débito com a causa.

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