A Anac (Associação Nacional de Aviação Civil) suspendeu os voos de grande porte no aeroporto Oswaldo Marques Dias de Alta Floresta no ultimo dia 16, pegando de surpresa o administração municipal, companhia aérea, passageiros e toda a população.
A decisão de suspender os voos foi tomada com base na ausência de um plano de segurança aeroportuária que, no entanto esse problema já se arrasta desde 2013. Há cerca de 40 dias a Anac já tinha sinalizado para a possibilidade de suspensão, no entanto o governo não se movimentou e a Anac fez a interdição. O secretário de Administração Doglas Arisi faz questão de esclarecer que a prefeitura de Alta Floresta é responsável apenas pela parte administrativa do aeroporto, o restante é de responsabilidade do governo do Estado e que o plano de segurança também é o governo do estado que tem que fazer. “O aeroporto é do estado de Mato Grosso, é isso que as pessoas precisam compreender, o município cuida da parte administrativa porque o estado não cuida, a responsabilidade com relação a esses equipamentos a essas coisas é do estado”. Segundo Arisi a parte principal do aeroporto é o funcionamento da sessão contra incêndio e quase toda a documentação exigida pela Anac já foi entregue. “Estamos em fase final de entregar o Plen o Pecin que são os dois planos exigidos pela Anac, já solicitamos a manutenção dos caminhões também, bem da verdade nós entregamos quase todos os documentos, alguns a gente pediu uma prorrogação de um prazo um pouco maior que são outros planos que decorre de muito mais tempo e eles entenderam isso”. Tudo o que a Anac exige para que o aeroporto volte a receber aeronaves de grande porte vai custar em torno de R$ 500 mil, e para evitar que o aeroporto continue interditado ou volte a sofrer outra interdição no futuro o prefeito Asiel Bezerra autorizou a fazer todos os contratos para sanar os problemas. “O prefeito já nos autorizou fazer todos os contratos em relação a isso e a gente já está fazendo eu acredito que esta parte deve está resolvido no máximo até a semana que vem já resolve tudo”, disse Arisi. A culpa do aeroporto ser interditado é atribuído ao governo do Estado que não tem cumprido os compromissos feitos com o município. Uma das razões dessa interdição é o caminhão AP 2 recebido no inicio do ano do governo do estado. O caminhão já foi entregue pelo governo ao município com defeito. “Aquele caminhão que desfilamos estava com o jato superior quebrado porque ele enroscou nos fios no trajeto de Rondonópolis a Cuiabá antes de entregar a Alta Floresta , constava inclusive na nota fiscal de entrega do caminhão que ele estava danificado, que ele estava inoperante por causa do jato superior”, esclarece o secretário. Segundo Arisi a administração cobra semanalmente ao gerente de hidrovias e aeroportos da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra-MT), José Carlos da Silva que se compromete a resolver o problema mas até o momento nada fez. “O estado tinha que acionar o seguro para que fosse trocado essa peça, até hoje o estado não fez isso, o diretor José Carlos vem empurrando com a barriga, ganhando prazo, empurrado com a barriga e nunca resolveu o problema”. Segundo Arisi ao que tudo indica depois da conversa do prefeito Asiel em Brasília com a Anac, até a próxima segunda-feira o aeroporto deve ser liberado para receber aeronaves comercias, voltando assim a normalidade. A EMPRESA AEREA Para Arisi, a empresa que faz os voos para Alta Floresta não continuou com os voos porque não quis. O aeroporto está autorizado a receber aviões até o ATR-72 que tem capacidade para até 70 passageiros. Na segunda-feira, 21 a empresa Azul Linhas Aéreas fez a única viagem desde que os voos foram suspensos. Com uma aeronave da Embraer 190 com capacidade para 110 passageiros, o avião desceu no horário costumeiro pegando de surpresa a todos. Quem foi marcar passagens para o outro dia já teve que pegar o ônibus até Sinop para embarcar no avião. |
Fonte: Dionéia Martins/da Redação
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