Sindicatos, entidades e conselhos ligados ao setor do turismo e do comércio em Mato Grosso se uniram para pressionar a Receita Federal para que a instituição volte a autorizar a operação de voos internacionais no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. Os voos internacionais foram suspensos na semana passada. O primeiro ato, intitulado “Movimento Internacionalização Já” está programado para esta quarta-feira (23) às 14h no aeroporto Marechal Rondon. Pelo menos 12 entidades já confirmaram participação no evento.
Todas defendem a continuidade da rota internacional, visando a abertura de novos voos internacionais, que refletem diretamente no desenvolvimento do Estado nas áreas do turismo, Comércio, Indústria e Serviços. Para o setor produtivo, os vôos internacionais são importantes no contexto da economia de Mato Grosso. Além disso, muitos eventos poderão ser trazidos para o Estado, principalmente nesse período pós-copa.
As entidades ressaltam que esperam uma solução para o alfandegamento definitivo e não temporário como ocorreu durante a Copa do Mundo em Mato Grosso. Conforme o jornal A Gazeta divulgou no dia 12 deste mês, a Receita Federal suspendeu a autorização da companhia aérea que comercializava voos de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para Mato Grosso.
Durante o período em que o serviço esteve autorizado, 10 voos foram realizados totalizando quase 500 passageiros. Com a alta divulgação de Cuiabá provocada pela Copa do Mundo, o interesse de empresários e turistas sobre o Estado aumentou resultando na venda de passagens até para o mês de agosto para o voo da Bolívia para Mato Grosso. O gerente regional da empresa Amaszonas, companhia aérea responsável pelo serviço, Juliano Gutierrez, a suspensão representa um grande prejuízo econômico e turístico para a região.
O Movimento que será deflagrado no aeroporto Marechal Rondon terá a participação dos Sindicato das Empresas de Turismo; Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores; Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços do Transporte Aéreo; Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos, Conselho Nacional de Turismo, Associação Brasileira de Agentes de Viagens, Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Várzea Grande, Federação do Comércio, Federação das Indústrias, Clube de Diretores Lojistas, Sebrae e outros que integram a comissão pró-internacionalização.
Os representantes dos segmentos organizados cobram esclarecimentos da Infraero quanto ao término das obras do aeroporto e exigem que seja detalhado um cronograma de execução e que sejam apontados os problemas enfrentados, para que providências sejam tomadas. Eles já se reuniram por 2 vezes com a com a delegada da Receita Federal, Marcela Maria de Matos, para discutir o sistema de alfândega no aeroporto para que os vôos internacionais tivessem continuidade após a Copa do Mundo.
Durante a Copa em Mato Grosso, um ato internacionalização provisória, atendeu vôos do Chile, Colômbia, Rússia, Nigéria, México e Estados Unidos, conforme as exigências da entidade internacional Fifa. A companhia Boliviana Amaszonas também realizou vôos para Santa Cruz de La Sierra, que tem conexão para os países andinos, América do Sul e outros.
Após a Copa, os embarques e desembarques internacionais foram suspensos, sob a alegação da falta de estrutura adequada para o trabalho de alfândega. Conforme a delegada, o sistema de alfândega, exige um espaço compatível para os equipamentos da Receita Federal, um escritório para o controle e o desembaraço de bagagens, além da anuência de órgãos como a Anvisa, Vigiagro e a Polícia Federal. (Com assessoria)
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